segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

                                    Meramente ilustrativo

Impressiona-me a capacidade que as pessoas têm de despertar sentimentos nas outras e depois fingir que eles simplesmente não existem, existiram, ou vão existir.


Impressiona-me a grandeza com que elas deixam as palavras doces, amigas, bonitas, gentis palavras soarem da forma mais verdadeira e mais tarde transformam essas mesmas palavras em ofensas, agressões, constrangimentos, atingindo por completo mais íntimo do nosso ser.

Impressiona-me a coragem que os seres pensantes, dotados de inteligência NÃO têm para fazer uso do dialogo e usá-lo para compreender as necessidades de seus companheiros, colegas, parceiros destruindo dessa forma relações que estavam em perfeita harmonia, tirando assim a paz de ambos que saem com mágoas que parecem nunca mais serem curadas.

Impressiona-me o dom de fingimento, os cursos teatrais ministrados por mestres na arte de enganar, iludir, maquiar a verdade, inventar amores eternos, amizades perfeitas, paixões que julgam durar para sempre sem se preocupar com o que outro sente, com as dores, as noites sem dormir, as lágrimas derramadas, o sofrimento que causa o nó na garganta e o aperto forte com sensação de morte sentido pelo coração
.
Impressionam-me os belos sorrisos, aqueles que pensamos que só é compartilhado conosco, as festas de comemoração nas datas importantes com a felicidade maior do mundo, os abraços que de tão apertados nos fazem sentir verdadeiramente amados, os beijos “apaixonados” que nos fazem visitar a lua.

Impressiona-me os encontros que a vida nos apresenta, aqueles que paramos , observamos e deduzimos que NÃO FOI POR ACASO, FOI DEUS QUEM ESCOLHEU, ESTAVA ESCRITO NO LIVRO DA VIDA e na verdade, talvez até possa ser que algum desses casos chegue a coincidir com o destino, mas em meio aos caminhos opostos a que se submetem essas vidas juntadas, almas-gêmeas separadas, existe a razão que não explica o motivo pelo qual tantos encontros em meio aos desencontros se desfazem tão simples como o sopro do vento.

Possa ser que essa tal razão explique muita coisa, mas também não é capaz de me fazer entender como tantas histórias são criadas, contadas, recontadas e principalmente compartilhadas com pessoas em quem confiamos e que também se permite nos deixar participar da construção do livro da vida, o qual todos nós escrevemos cada dia, cada minuto, segundos da nossa existência e que com o passar do tempo são apagadas com a borracha da falsidade, do amor inventado, jamais vivido, jamais amado.

Permitimos que as pessoas escrevam nossa autobiografia, assim como também participamos da construção da biografia delas, criticamos, aconselhamos, oferecemos ombro amigo e a única recompensa que ganhamos é uma página em branco, rasgada e pichada e tudo que parecia lindo, mágico e encantador, agora não passa de um capítulo feio,incompleto, esquecido... MERAMENTE ILUSTRATIVO.



                                                                       Por Thamires Tamares 

2 comentários:

  1. Aiaia...já disse que admiro a forma que você escreve, com sentimento nas palavras! AdOOORei seu blog vc sabe! coninue escrevendo, mas textos alegres com histórias que em breve iremos rir (mais ainda)!! =** Tátáaaa

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  2. A vida é exatamente como você descreveu neste post,Uma tempestade de enganos. As pessoas mentem, nos enganam e ainda juram amor eterno.
    que pena que vivemos num mundo feito de uma peça teatral, onde os seres humanos encenam o tempo todo, fazendo-nos acreditar num mundo surreal, e nos dando uma falsa sensação de felidade que dura menos que um espetáculo teatral. só que no espetáculo da vida somos os autores da nossa história, por isso não devemos jamais deixar que os outros escrevam a nossa felicidade, pois ela depende unicamente de nós mesmos.

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